CCR utiliza tecnologia sustentável para recuperar 270 km de acostamento na Rio-Santos

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As obras começaram nesta semana em Paraty com o reaproveitamento do material fresado na primeira etapa de recuperação da BR. | Foto: Divulgação/CCRRioSP

A CCR RioSP deu início, em Paraty/RJ, à aplicação de um material sustentável na recuperação dos acostamentos da Rodovia Rio-Santos. A concessionária está reutilizando o material fresado, um subproduto das atividades de manutenção de pavimentos, em mais de 280 km de faixas já recuperadas durante o primeiro ano de concessão da rodovia.

A primeira aplicação ocorreu em um trecho de 1 km, entre os km 560 e 561, com a expectativa de que a melhoria se estenda por toda a extensão da rodovia. Segundo Hamilton Cezar Gaspar Filho, Coordenador de Engenharia e Obras da CCR RioSP, a solução foi desenvolvida a partir de estudos realizados no Centro de Pesquisas Rodoviárias (CPR), em Santa Isabel/SP, visando otimizar o uso do material fresado na recuperação dos acostamentos. “Buscamos uma mistura asfáltica que possibilitasse o reaproveitamento do maior volume possível do material, contribuindo para as metas de sustentabilidade do Grupo CCR”, explicou Gaspar Filho.

A previsão é que sejam utilizados 20 mil metros cúbicos de material fresado, estocados em depósitos licenciados ao longo da rodovia. No entanto, em Mangaratiba, o armazenamento gerou polêmica após uma vistoria da fiscalização ambiental constatar irregularidades. A empresa foi multada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) e o Grupamento de Proteção Ambiental da Guarda Municipal por manter resíduos com características poluentes a apenas 7 metros de rios e áreas de mangue, em desacordo com a legislação ambiental, que exige uma distância mínima de 50 metros.

Benefícios ambientais

O reaproveitamento do material fresado apresenta diversas vantagens ambientais, conforme destacou o coordenador de Engenharia e Obras da CCR. Entre os benefícios estão a redução da demanda por novos materiais, a preservação do meio ambiente ao diminuir a exploração de jazidas e a geração de resíduos. Além disso, a técnica utilizada evita a criação de novos resíduos de construção civil, tornando o processo de manutenção mais sustentável.

A previsão inicial era que esse trabalho começasse em 2025, mas o início foi adiantado para 2023 devido ao grande volume de material estocado. A conclusão do serviço ao longo dos 270 km da Rio-Santos está prevista para junho de 2024.

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