Fechamos nossa enquete sobre a avaliação do Governo Sérgio Cabral (PMDB), no Rio de Janeiro. O resultado, claro, todos sabem não é científico, e talvez nem sirva como referencial, mas merece registro que entre os internautas que votaram, Cabral está tendo um desempenho sofrível/ruim para pelo menos 62%. Ao contrário, para 19%, os resultados do Governo são ótimos. Nada mau também. 11% acham o governo bom e outros 8% regular.
Nas próximas semanas, a campanha de Cabral pela reeleição deve tomar corpo e uma cara mais definidas. Parece definido que, a despeito da pressão petista, o ex-secretário de Estado de Obras, Luiz Fernando Pezão (PMDB) deve ser mantido na chapa majoritária. Na oposição, a aposta mais viável é a do deputado federal Fernando Gabeira (PV), principal palanque para o tucano José Serra (PSDB) no Rio. Correndo por fora, com chances reais de polarizar a disputa, mas sob pressão de todo lado por uma refrega, está o ex-governador Anthony Garotinho (PR). Ninguém em sã consciência deve crer que um candidato com potenciais 20% de intenções de voto há seis meses da disputa desistiria simplesmente ‘a pedido’. Mas no Rio, já viu-se de tudo. Garotinho pode complicar a eleição de Cabral. Todos sabem disso, inclusive e principalmente o ex-governador.
Para o Senado a coisa está mais interessante. Como já escrevi antes, a modorrenta disputa ao carpete azul ganha contornos animados com a entrada de Lindberg Farias (PT) no páreo. Seu primeiro movimento foi tentar deslocar Jorge Piccianni (PMDB) para mantê-lo onde está: no comando da Assembleia Legislativa. A dobradinha preferencial com Marcelo Crivella (PRB) é o melhor dos mundos para Cabral e Lula, mas o custo da operação desmonte será pesado. Na oposição, de novo, a viabilidade está com o ex-prefeito César Maia (DEM), outro que sustentará no Estado, a campanha serrista.
Aos parlamentos estadual e federal, em Angra, ao menos, deveremos ver um enxame de candidatos, superior talvez ao ‘Carnaval’ registrado em 2006. Nada menos que 15 ou 20 candidatos com e sem mandato tem ‘dado as caras’ por essas bandas interessados em nacos de votos que, ao fim e ao cabo, podem assegurar uma eleição. A maioria não sabe localizar Itaorna num mapa, mas há alguns que volta e meia têm dado contribuição real ao município e, talvez por isso, merecem atenção. Os principais players do certame, porém, todos já conhecem, a despeito desta polinização de candidaturas levar-nos ao risco de acabarmos sem representação real.
A propósito nossa enquete agora é sobre o Senado. Vote na pesquisa aí ao lado.
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