A Câmara Municipal de Angra dos Reis ainda não desistiu de tentar intermediar uma solução que afaste o risco de quebradeira geral na Santa Casa de Misericórdia, principal hospital público da Costa Verde.
Depois da tentativa frustrada de promover uma espécie de ‘acareação’ pública entre a Provedoria da Irmandade da Santa Misericórdia e a Fundação Municipal de Saúde, salpicada com depoimentos de profissionais insatisfeitos, a Casa Legislativa voltará à carga no dia 29, quando pretende reunir-se a portas fechadas com os gestores do Hospital para conhecer a situação da instituição. Os parlamentares teriam convidado também ex-gestores, coresponsáveis, claro, pelo atual estado de coisas.
De acordo com o vereador Dr. Ilson Peixoto (PT), o interesse da Casa não é crucificar ninguém e sim encontrar meios de a Santa Casa ter sustentabilidade. Desde o início da circulação do Tribuna Livre, em 2007, temos insistido na necessidade de debater o financiamento do hospital. O fluxo de caixa da Santa Casa nem é o principal problema, considerando que o hospital recebe recursos da FuSar e do SUS, mas as dívidas com suprimentos, serviços e trabalhistas precisariam de reestruturação. Para isso, claro, além da boa vontade dos credores, um aporte imediato de recursos (a fundo perdido) pode ser inevitável.
Durante o último debate sobre o assunto na Casa Legislativa, o presidente da Fundação de Saúde, Adilson Bernardo, disse que o atual Governo cogitou a possibilidade de intervir no Hospital para assumir sua gestão de forma integral. A sugestão, porém, não foi à frente. Nos bastidores, teria chegado a cogitar-se que um ex-gestor da Fundação de Saúde assumisse a direção geral do Hospital.
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