A criação de emprego formal no país subiu em setembro. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, 247.818 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.
A criação de empregos subiu 21,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em setembro de 2023, tinham sido criados 204.670 postos de trabalho, nos dados com ajuste, que consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores. Em relação aos meses de setembro, o volume foi o maior desde 2022.
Nos nove primeiros meses do ano, foram abertas 1,98 milhão de vagas. Esse resultado é 24% mais alto que no mesmo período do ano passado. A comparação considera os dados com ajustes, quando o Ministério do Trabalho registra declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e retifica os dados de meses anteriores.
O resultado acumulado é o maior desde 2022, quando tinham sido criados 2.181.100 postos de trabalho de janeiro a setembro. A mudança da metodologia do Caged não torna possível a comparação com anos anteriores a 2020.
Quatro dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em setembro. A estatística foi liderada pelos serviços, com a abertura de 128.354 postos, seguidos pela indústria (de transformação, de extração e de outros tipos), com 59.827 postos a mais. Em terceiro lugar, vem o comércio, com a criação de 44.622 postos de trabalho. O nível de emprego também aumentou na construção civil, com a abertura de 17.024 postos. Com a pressão pelo fim da safra de vários produtos, a agropecuária foi o único setor com saldo negativo, eliminando 2.004 vagas no mês passado.
Na indústria, o destaque positivo ficou com a indústria de transformação, que contratou 45.803 trabalhadores a mais do que demitiu. Em segundo lugar, ficou o segmento de água, esgoto, gestão de resíduos e descontaminação, que abriu 2.285 vagas.
Todas as cinco regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em setembro. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 98.282 postos a mais, seguido pelo Nordeste, com 77.175 postos. Em seguida, vem o Sul, com 38.140 postos. O Norte abriu 15.609 postos de trabalho, e o Centro-Oeste criou 15.362 vagas formais no mês passado, tendo o menor desempenho por causa do fim da safra.
Todos os Estado tiveram saldo positivo de empregos. Os destaques foram São Paulo (+57.067 postos), Rio de Janeiro (+19.740) e Pernambuco (+17.851).
(*) Com informações da Agência Brasil
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