Bloco do Reizinho combaterá o racismo no Carnaval em Angra

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Bloco do Reizinho é o que reúne mais foliões em Angra | Foto: Divulgação

O mais tradicional dos blocos de Angra, o Reizinho, com 53 anos de folia na cidade, se prepara para ser uma das vozes de combate ao racismo no Carnaval. O tema já tem sido bastante enfrentado por quem é discriminado por causa da cor de sua pele. E o Reizinho vai cantar alto pelas ruas do Centro de Angra, dando um chega pra lá no racismo.

A letra do samba, de autoria de Gustavo e Nilsinho Tenório, retrata a dura realidade que os negros ainda atravessam, diante de comportamentos intolerantes e de muita ignorância.

— Todo mundo precisa entender que o racismo não é opção. Largue o seu preconceito, tenha mais respeito e amor pelo irmão… — diz o começo do samba.

Os autores ainda enfatizam que o Reizinho ‘chegou para mostrar uma lição de igualdade. Mostrar pra toda sociedade, que não se julga o povo pela cor…’.

O Bloco do Reizinho desfila no domingo, 19, e fará sua concentração a partir das 19h, na rua Moacir de Paula Lobo (rua das Palmeiras). Os intérpretes do samba serão Gustavo Tenório, Wellington Macumba, Glads Tenório, Tauane Tenório e Serafim, tendo no cavaquinho Nilsinho Tenório e Chorão, e Ronan do Aglomerou, no violão.

História — O Bloco do Reizinho tem mais de 50 anos e sua história foi escrita por muitas pessoas que se dedicaram para que a agremiação fosse tão querida na cidade e aguardada com expectativa pela população a cada carnaval. José Augusto (o eterno Reizinho), Amauri da Barbearia, Soneira da Fortaleza, Vaca Brava, Ivo Abóbora, Ezídio da Silva (o Mantegão), Cristiano Carvalho, Zizico, Benedito Nascimento (o Deco), Ditão e tantos outros nomes transformaram o Reizinho na Majestade reverenciada pelos seus súditos.

O símbolo do bloco é a Coroa Real no abra-alas. Com muita irreverência e simpatia, a agremiação terá o tradicional carro de vinho, que distribui anualmente mais de 1.000 litros da bebida para os milhares de foliões, com muita gente fantasiada e famílias inteiras nas ruas para pular o Carnaval. (Apuração de Beto Carmona)

Zé Augusto, o eterno Reizinho, um dos criadores do Bloco | Foto: Divulgação

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