Banco de Olhos de Volta Redonda busca novos doadores por meio da sensibilização

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Por conta da baixa de notificações relacionada à doação de córneas, o Banco de Olhos de Volta Redonda está investindo na tentativa de sensibilização das pessoas para atrair novos doadores na cidade.

No ano passado foram realizados 184 transplantes com córneas provenientes do banco do município, que já tem nove anos de funcionamento. Para a coordenadora da unidade, Michele Antoniol Gama, esse número ainda é baixo, pois falta conhecimento das pessoas quanto ao processo de doação.

– A córnea é a lente dos olhos, como o vidro de um relógio, ficando à frente da parte colorida que é a íris. O doador não fica com nenhum sinal após a doação, pois o globo ocular é reconstituído. O número de doações ainda é pequeno, visto que temos uma fila de espera com cerca de 800 pessoas em todo o estado precisando de um transplante – explica Michele.

Qualquer pessoa entre 10 e 80 anos pode doar, desde que manifeste em vida, junto aos familiares, o desejo de ser doador – são os familiares que autorizam ou não a doação. Outro fator a ser destacado é a importância das instituições parceiras como hospitais da região, no que diz respeito a efetuar as notificações dos óbitos, para que a equipe realize os procedimentos necessários.

Quando o banco é notificado a respeito de um possível doador, uma equipe segue para o local e o primeiro passo é a entrevista com os familiares sobre a importância da doação. Sendo autorizada a coleta, a equipe capta córnea e esclera, levando-as ao banco de olhos onde o material será processado e também encaminhado ao transplante.

O banco de olhos do município é responsável pela captação de tecido ocular em 34 cidades do Sul do estado do Rio. A equipe é composta por 12 profissionais entre enfermeiros e médicos oftalmologistas.

Para o secretário de Saúde de Volta Redonda, Alfredo Peixoto, incentivar a doação de órgãos e tecidos é obrigação do gestor público.

– Temos uma equipe altamente qualificada que circula pela região disseminando a importância das doações. Divulgando e também sensibilizando as pessoas, fica muito mais fácil essa preparação – frisa Alfredo.

O prefeito Samuca Silva acredita que a divulgação da importância do Banco de Olhos de Volta Redonda no cenário de transplantes do estado deve incentivar a doação.

– Quanto maior o número de captações, maior o número de pessoas voltando a enxergar. Nossos profissionais estão em contato com empresas parceiras para divulgar essas informações, sensibilizando o maior número possível de pessoas – enfatiza o prefeito.

Situado no Hospital São João Batista, o Banco de Tecido Ocular Sélmo Thiesen – Banco de Olhos de Volta Redonda – funciona 24h e conta com plantonistas. Para notificação de óbitos e possíveis doadores, os contatos deverão ser efetuados pelos telefones 08000-225742 ou (24) 3343-3935. A unidade está aberta à visitação, com o objetivo de esclarecer à população quanto à importância da doação de órgãos e tecidos.

 

 

Fotos: Evandro Freitas / Prefeitura de Volta Redonda

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