A participação dos alunos de 5º e 9º anos das escolas públicas municipais de Angra na Bienal do Livro deste ano, no Rio, está rendendo resultados positivos nas salas de aula. Um dos exemplos é o trabalho realizado pelo 5º ano da escola municipal Prefeito Toscano de Brito, na Gamboa do Belém. Todos os estudantes ajudaram na produção de dois livros que compartilham as experiências da classe no evento literário. Os estudantes também adquiriram o livro ‘Jeremias: Pele’, de Rafael Calça, para usarem em um projeto escolar de discussão sobre racismo e bullying.
— Nas semanas que antecederam a Bienal, realizamos pesquisas sobre os livros de interesse dos nossos alunos. Chegamos então ao livro que todos iriam comprar no evento: o Jeremias. Este livro entrou para o nosso projeto sobre o bullying, que trabalhamos durante todo o ano. Essa experiência proporcionou uma grande emoção e alegria aos nossos alunos — disse a professora Sabrina Oliveira, em depoimento à comunicação da prefeitura.
Nos livros ilustrados e escritos pelas crianças estão as experiências de cada uma nos pavilhões da Bienal do Livro 2023, no Riocentro. Desde o momento em que saíram de Angra, passando pelas visitas aos estandes, compra dos livros, lanche e o retorno aos ônibus.
Um dos livros, batizdo de ‘501 em: As Aventuras na Bienal 2023’, apresenta em cada página ilustrações em quadrinhos criadas por um aluno. O outro livro, chamado ‘O que vivi na Bienal 2023’, possui relatos escritos que foram posteriormente diagramados em computador pela professora Sabrina.
Com o livro ‘Jeremias: Pele’, os alunos e suas professoras realizaram rodas de conversa para discutir os desafios enfrentados pelo personagem criado por Maurício de Sousa, autor da Turma da Mônica.
— Eu achei a Bienal muito divertida. Comprei um monte de livros e tirei muitas fotos. Eu e meus amigos da turma temos trocado os livros que já lemos. Está sendo muito legal essa experiência. O trabalho que fizemos com o livro Jeremias foi importante para aprendermos mais sobre os problemas do racismo e do bullying na sala de aula — comentou o aluno Jhony Montenegro, 11.
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