Após incidentes com material radioativo, deputado cobra mais transparência

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O deputado Tande Vieira está no seu primeiro mandato na Alerj | Foto: Divulgação

O deputado estadual Tande Vieira (PP) denunciou na terça-feira, 18, durante debate público na Assembleia do Estado (Alerj), o que chamou de falta de transparência no ambiente das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), sobre um vazamento que ocorreu no início de março na fábrica de combustível nuclear da empresa, em Resende. Segundo Tande, a INB alega que comunicou o vazamento à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), mas o fato só teria se tornado público após ser divulgado na Imprensa.

Durante o seu pronunciamento na Assembleia, Tande citou também o vazamento de 90 litros de água contaminada da usina Angra 1, em setembro de 2022. A ocorrência foi confirmada pela própria Eletronuclear em janeiro, quase quatro meses após o incidente.  

— Ninguém é contra a energia nuclear, mas é preciso tratar os fatos com mais responsabilidade. Eu não estou disposto a morar com meus filhos num lugar em que a gente fica sujeito que o técnico de uma empresa decida ou não se podemos ficar ou não sabendo quando acontece um fato dessa gravidade, e se foi contaminante ou não para a população. Esse não é um caso isolado: aconteceu em Angra dos Reis e, agora, em Resende, e me parece que é uma prática de falta de transparência do nosso sistema nuclear, que não pode continuar assim — ressaltou Tande Vieira.

O deputado sugeriu que as Comissões de Saúde, de Meio Ambiente e de Minas e Energia da Alerj se reúnam para buscar as medidas necessárias para aumentar a fiscalização destes ambientes que trabalham com componentes radioativos, além da responsabilização de envolvidos e a prevenção de futuros casos.

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