Adutora da Banqueta é um dos principais reservatórios de Angra | Foto: Arquivo/2014

Com a chegada do novo ano, a captação e distribuição da água em 90% dos município de Angra dos Reis passa a ser feita pela prefeitura, por meio do seu Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae/AR). A mudança encerra 70 anos de atuação da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), privatizada em 2021. O município, inclusive, em tese teria de indenizar o Estado pela troca, que atinge cerca de 40 mil moradores da cidade e engloba 9 mil domicílios residenciais e comerciais localizados no Centro da cidade (desde o Marinas até o São Bento, incluindo os morros) e os bairros da Enseada (região do Encruzo), Japuíba (região da Porteira), Campo Belo e Vila Nova.

Para o consumidor residencial, o Saae/AR prevê redução de quase 30% no valor das contas de água. A tarifa do Saae/AR seria mais barata que a da Cedae. A autarquia municipal cobra R$ 28,50 por 10 mil litros (consumo mínimo mensal). Na Cedae, o mesmo volume custa R$ 39. Outro benefício será a unificação da tarifa: todas as áreas atendidas pela autarquia municipal pagarão o mesmo valor pelo serviço prestado. 

A mudança não exige nenhuma alteração de cadastro, já que o banco de dados dos clientes da Cedae em Angra será transferido automaticamente. As primeiras contas novas deverão chegar entre fevereiro e março referentes ao consumo do mês anterior. Também não haverá transferência de débitos da Cedae para o Saae/AR. Quem estiver inadimplente com a Cedae deverá quitar as pendências com a companhia.

Domicílios com água encanada e/ou coleta de esgoto, mas sem registro na Cedae, serão cadastrados pelo Saae/AR ao longo de 2023 e passarão a receber suas contas de consumo mensais.

Para o presidente do serviço municipal de água, Alexandre Giovanetti, o principal desafio imediato é manter a operação funcionando normalmente até o Carnaval, por conta do pico no consumo de água em função do verão e do aumento de turistas na cidade.

— Ao longo de 2023 e nos próximos anos, vamos começar a planejar e executar obras de modernização do sistema, que tem mais de 30 anos, além de construções de novas estações de tratamento e compra de equipamentos. Isso vai melhorar a qualidade da água fornecida, que apesar de ser própria para o consumo humano, ainda é alvo de críticas, sobretudo em épocas de chuva, quando aumentam as queixas em relação à turbidez — afirmou Giovanetti em material de divulgação da própria prefeitura de Angra.

Foto: Arquivo/2014

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