O professor Wellington Pereira da Silva, que atua na rede pública de Angra dos Reis, é finalista e disputa hoje, 22, o Prêmio Shell de Educação Científica na categoria Ensino Fundamental II no Estado do Rio de Janeiro. Outros cinco concorrentes terão seus trabalhos avaliados após uma seleção com mais de 300 inscritos. A iniciativa de Wellington envolve estudantes da Escola Municipal de Educação de Surdos (EMES) de Angra.
O projeto ‘Percepção de Riscos na Perspectiva da Educação de Surdos’ tornou-se um dos finalistas no Prêmio Shell com atividades a respeito de experiências sobre solos e vegetação, trabalho de campo e confecção de maquetes com simulação de chuva em encostas e margens de rios. O trabalho é parte da Rede de Educação para Redução de Desastres (RED), implantada em Angra em 2015 e que envolve diversos organismos de vigilância, defesa civil e meio ambiente. A premiação será divulgada em cerimônia no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
O projeto envolveu alunos do 6º ano do ensino fundamental e foi apresentado no Seminário de Conclusão do Curso de Formação de Educadores para Redução de Desastres, em novembro do ano passado na Defesa Civil angrense. A apresentação foi feita pelo próprio professor, contando com a mediação de intérpretes de libras (foto acima). A iniciativa também foi exibida na Feira de Ciências da EMES, realizada em parceria com estudantes de Biologia do CEDERJ de Angra dos Reis, também em 2017. Os alunos envolvidos apresentaram sua experiência em redução de risco de desastres para outros alunos surdos, além de profissionais, professores e licenciandos.
Prêmio — O Prêmio Shell de Educação Científica foi criado em 2014 e incentiva professores das áreas de ciências e matemática premiando projetos de educação inovadores que, por meio de metodologias diferenciadas, proponham novas formas de ensinar e de aprender, transformando as salas de aula em ambientes inovadores e criativos e incentivando o interesse de alunos pelo conhecimento científico.
Os projetos inscritos são avaliados por uma comissão de avaliadores a partir de uma primeira triagem. Posteriormente, os projetos são analisados por Avaliadores Masters, que irão escolher dentre os pré-selecionados, os seis finalistas e três vencedores de cada categoria. Entre os julgadores deste ano está o ex-secretário de Estado de Educação de Pernambuco, Mozart Ramos, que esta semana chegou a ser cotado para ser ministro da área.
Os três melhores projetos serão premiados com uma viagem educativa a Londres, na Inglaterra, onde os professores farão uma imersão na área das ciências. Há também premiações em dinheiro que variam de R$ 1.500 a R$ 7.000. As escolas dos professores vencedores também são premiadas com equipamentos educacionais. Atualmente o professor Wellington é diretor da escola municipal Mauro Sérgio da Cunha, no Campo Belo, em Angra dos Reis.
Atualizado em 23 de novembro (9h45): O projeto de Wellington acabou premiado em terceiro lugar na categoria Ensino Fundamental II. Ele foi premiado com uma viagem a Londres, onde os professores farão uma imersão na área de ciências, mais R$ 3 mil.
Foto: Arquivo Pessoal
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