Prefeito angrense esteve com a ministra da Ciência em Brasília | Foto: Divulgação/MCTI
O prefeito angrense Cláudio Ferreti (MDB) esteve em Brasília na semana passada em audiência com a ministra da Ciência e Tecnologia (MCTI), Luciana Santos, e manifestou preocupação com o risco de aumento dos desastres naturais na Costa Verde nos últimos anos. De acordo com o Ministério, Ferreti teria classificado a situação como uma ‘operação de guerra’, destacando a urgência em proteger vidas. O secretário municipal de Planejamento de Angra, André Pimenta, que também esteve no encontro, ainda alertou para a mudança no padrão climático, informando que eventos extremos ocorriam ‘a cada sete ou oito anos’, mas que nos últimos três anos, a frequência aumentou significativamente.
A ministra reforçou um compromisso do governo federal com ações de monitoramento climático em todo o país, mas disse que no Rio, Angra é uma das prioridades. Tecnologias de previsão são essenciais para antecipar desastres e salvar vidas, de acordo com Luciana Santos.
A prefeitura angrense solicitou a modernização dos sistemas de alerta, com pluviômetros e equipamentos hidrológicos em rios estratégicos, que forneçam dados em tempo real.
Regina Alvalá, diretora do Centro de Monitoramento de Desastres (Cemaden), destacou a parceria com Angra desde 2011, lembrando que todos os grandes desastres foram precedidos por alertas. Ela também citou o novo sistema Georisk, capaz de prever deslizamentos com até 72 horas de antecedência, aumentando a capacidade de resposta.
— Temos uma rede de monitoramento robusta, com dados enviados a cada cinco ou dez minutos. Desde a criação do Cemaden, implementamos uma rede com equipamentos que nos permitem monitorar as chuvas com alta frequência — explicou ela.
Ferreti ainda apresentou ao MCTI o projeto para desenvolvimento do Parque Tecnológico do Mar, inaugurado em 2024, que já abriga 14 startups focadas em inovações como dessalinização, energia fotovoltaica flutuante e biotecnologia. Com estrutura moderna, o local oferece laboratórios, coworking e espaços de prototipagem. Outro destaque foi a futura Escola do Mar, com orçamento de R$ 3,7 milhões, que oferecerá cursos técnicos e de graduação em áreas como oceanografia, engenharia naval e gastronomia.
— Queremos formar profissionais especializados, realizando os sonhos dos moradores. A escola ficará próxima ao Polo Universitário, integrando-se ao ecossistema de inovação da cidade. São iniciativas buscam não apenas mitigar os impactos climáticos, mas também impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável da região — disse o prefeito Ferreti.
(*) Com informações da assessoria do MCTI.
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