Governo de Angra apura o tamanho da dívida herdada

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Nesta primeira semana do novo governo em Angra dos Reis, o foco principal da administração foi o financeiro. Logo no segundo dia de gestão, o prefeito Fernando Jordão anunciou medidas para enfrentar o déficit corrente nas contas da cidade e o acúmulo de dívidas da gestão anterior que somaria, segundo a equipe de Fernando, mais de R$ 300 milhões.

O prefeito crê que será possível agir em duas frentes: aumentar a arrecadação e cortar os custos da pesada máquina pública municipal. No ano passado só as despesas com salários dos funcionários da prefeitura consumiram mais de 50% da arrecadação municipal, ultrapassando os R$ 480 milhões.

Fernando Jordão anunciou também a suspensão de todas as isenções fiscais. Afirmou que a única empresa cuja isenção tributária será mantida será o estaleiro Brasfels que, atualmente, enfrenta grave crise pela ausência de novos contratos de obras. Desde o ano passado, o estaleiro já demitiu mais de 3 mil funcionários.

– Não haverá isenção para mais ninguém. É hora de todo mundo contribuir um pouco para Angra se reerguer – defendeu o prefeito Jordão.

Outras medidas anunciadas foram a suspensão de pagamentos a fornecedores e prestadores de serviço por 30 dias; uma auditoria interna na folha de pagamentos (medida já feita no ano passado pelo governo anterior); a suspensão de pagamentos de horas extras (mantendo a mesma orientação do governo anterior); o retorno do horário normal de expediente na prefeitura (8h30 às 17h) e um decreto de calamidade financeira no município de Angra dos Reis. Fernando também quer o retorno dos funcionários de carreira cedidos para outros órgãos e determinou o fechamento do atendimento ao público na prefeitura até o dia 9 para um balanço da situação financeira da gestão municipal.

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