A usina nuclear Angra 2 atingiu um marco histórico ao registrar a maior produção mensal de energia desde agosto de 2019. No último mês, a usina gerou 1.015.070 megawatts-hora (MWh), a maior quantidade dos últimos cinco anos.
Segundo o superintendente de Angra 2, Fabiano Portugal, a produção superou marcos anteriores, como os de agosto de 2021, quando a usina gerou 1.014.056 MWh, e de outubro de 2022, com 1.013.448 MWh. “Esse recorde é fruto do esforço contínuo da empresa e de seus colaboradores, que trabalham para manter a usina operando com máxima eficiência. Isso é garantido por rigorosos programas de manutenção e práticas operacionais que asseguram a entrega de uma energia segura, estável e limpa ao sistema elétrico”, afirmou Portugal.
Em operação comercial desde 2001, Angra 2, a segunda usina nuclear do Brasil, possui uma capacidade instalada de 1.350 megawatts, suficiente para abastecer uma cidade com 4 milhões de habitantes, como a soma das populações de Porto Alegre e Brasília.
Comparando a geração de energia de Angra 2 com a da usina alemã Grafenrheinfeld (KKG) — que tem projeto similar e a mesma potência nominal — nos primeiros 20 anos de operação, Angra 2 demonstrou um desempenho superior, gerando cerca de 3% a mais de energia que sua contraparte alemã.
Desde o início de suas operações, a performance de Angra 2 tem sido exemplar. No final de 2000 e início de 2001, a entrada em operação da usina permitiu economizar água nos reservatórios das hidrelétricas brasileiras, ajudando a mitigar os efeitos do racionamento de energia, especialmente na região Sudeste, o maior centro de consumo do país.
Entre o penúltimo trimestre de 2022 e o penúltimo trimestre de 2023, Angra 2 ocupou a 176ª posição entre as 422 unidades nucleares em operação no mundo filiadas à Associação Mundial de Operadores Nucleares (WANO). Entre os 155 membros da WANO – Paris Centre, do qual o Brasil faz parte, Angra 2 alcançou a 50ª posição, demonstrando um desempenho acima da média mundial.
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