Ano letivo começa com oito meses de atraso com a contratação de professores e obras | Foto: Reprodução/Pedro Neves

A escola indígena guarani da aldeia Sapukai, em Angra, finalmente vai poder iniciar o ano letivo de 2024, após passar todo o primeiro semestre sem professores e realizar várias manifestações para garantir o acesso das crianças à educação na língua tupi. As aulas foram retomadas na semana passada depois da contratação de novos professores pelo governo do Estado, além de obras de infraestrutura na unidade de ensino localizada no Bracuí.

O ano letivo não havia começado ainda porque o governo do Estado atrasou a contratação de professores, impedindo o início do ano letivo na aldeia. Para terem acesso a educação, ao menos dez dos mais de cem alunos indígenas, acabaram se matriculando em uma das escolas regulares do município.

A luta dos indígenas guarani pela volta da escola chegou ao Ministério Público Federal, que ajudou a pressionar o governo estadual a retomar a educação indígena.

Em julho, os professores indígenas do primeiro segmento (1º ao 5º ano) foram contratados e retornaram às aulas. Além disso, também foram contratados professores indígenas para as disciplinas do segundo segmento (6º ao 9º ano) e para a Formação de Professores Indígenas no Ensino Médio. 

A contratação de novos professores, porém, é apenas o começo de uma série de ações que precisam ser feitas de imediato no campo da educação escolar no estado do Rio.

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