Angra dos Reis teve mais um grande Carnaval. A maior festa do interior do Estado do Rio, com 72 blocos, folia nos bairros e programação de dia e de noite levou nota 10 em segurança e alegria, com dez dias de programação e praticamente sem incidentes de violência. Uma vitória da organização, que premiou moradores e turistas.

— Sou de Petrópolis mas escolhi Angra para passar meu Carnaval. Não me arrependi. Gostei muito do clima familiar, de paz e da alegria que encontrei nestes dias aqui na cidade. Foi tudo perfeito — testemunhou a aposentada Silvana Motta, que curtiu blocos de Carnaval no Centro e no Frade.

A opinião dela foi compartilhada por dezenas de outros foliões. O receio de que a violência pudesse estragar a festa não se confirmou. O forte esquema de policiamento nos locais de evento e nos bairros tornou tudo mais tranquilo. Ruim mesmo foi só a chuva que, mesmo assim não afastou os foliões. Este ano a festa foi coordenada pela Fundação de Turismo TurisAngra, com apoio da secretaria de Cultura. A prefeitura de Angra investiu R$ 265 mil no financiamento de 56 blocos, por meio das entidades que reúnem as agremiações. Para o presidente da TurisAngra, João Willy, a folia em Angra está consolidada como um grande evento.

Para o presidente da TurisAngra, João Willy, um diferencial do Carnaval deste ano foram os blocos tomando as ruas da cidade durante o dia.

— O Carnaval de blocos em Angra está crescendo e conquistando as ruas durante o dia também, o que sempre foi um sonho para a população da cidade. Este é um avanço, uma conquista para o município — avaliou ele, citando blocos que, este ano, começaram a desfilar por volta das 15h.

Tradição — Além dos blocos vespertinos, as agremiações tradicionais cumpriram seu papel. Começando pelos blocos da ‘Feliz Idade’ e o ‘dos Artistas’, que abriram a folia ainda na quarta-feira, 19, e terminando com os blocos do Reizinho, Ki Merda é Essa e da Carioca, que desfilaram no domingo e na segunda (23 e 24). Blocos mais recentes, porém, não menos movimentados como o ‘Piranhas do Camorim’, Galera do Rock e Conexão Bahia, também fizeram bonito, atraindo multidões. O Bloco do Reizinho, aliás, este ano completou 50 carnavais com a presença do veterano José Augusto da Padaria (foto no alto) encarnando o personagem título da agremiação.

Para quem preferiu não vir para o Centro ainda houve atrações em bairros como Monsuaba, Frade Parque Mambucaba, Vila Histórica, Itinga, Ariró, Serra D’Água, Belém, Japuíba, Banqueta, Retiro, Encruzo, Morro do Peres, Morro do Carmo, Camorim, Jacuecanga, Monsuaba e na Vila do Abraão, na Ilha Grande. Quem não queria ir atrás do bloco também pôde curtir a folia em noites animadas no Barracão do Samba.

Por lá, durante os sete dias passaram vários DJ’s e shows com música ao vivo, além da programação para as crianças durante matinês com oficina, baile de Carnaval e um bloquinho que saiu desfilando pelo cais Santa Luzia. Uma folia pra lá de diversificada e alegre que, pena, só dura o tempo de um Carnaval. Agora é esperar 2021!

Fotos: Divulgação/PMAR

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