Na última quinta-feira, 16, um convênio assinado entre a prefeitura de Angra e o governo do estado destinou mais de R$ 17 milhões para a construção de espaços que vão abrigar seis projetos, entre eles, a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, garantindo um atendimento de excelência e uma melhor qualidade de vida aos moradores da cidade.

– Sabendo da importância de Angra dos Reis, da necessidade da população e até mesmo da questão turística, o governador sentou comigo e pediu que eu autorizasse todos os projetos. A gente olha pra frente com otimismo, com esperança e com o povo recebendo aquilo que precisa e merece – afirma o secretário de estado de Saúde, Edmar Santos.

Conforme as obras forem evoluindo, o governo do estado já deixou claro que vai investir outros R$ 20 milhões na compra de equipamentos para os seis projetos de saúde.

– No total, o estado vai investir R$ 37 milhões em Angra dos Reis, para que a prefeitura possa fazer a modernização, ampliação da rede e toda a parte de equipamentos – ressalta o secretário.

Feliz pelas ótimas notícias, o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Mucheli, destacou a satisfação pela parceria com o governo estadual.

– Esse é o momento em que o estado busca aquela parceria com os municípios, saindo do núcleo central e buscando as participações junto às prefeituras. Isso é muito bem-vindo e nós agradecemos essa oportunidade. Em breve, vamos colher os frutos desses investimentos – diz.

O secretário-executivo de Atenção Oncológica, Renan Vinicius, também ressaltou a enorme satisfação ao ver todos os projetos apresentados pelo município sendo aprovados – principalmente a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia.

– O serviço oncológico será uma referência muito grande para a Baía da Ilha Grande. Agora em 2020 vamos iniciar dentro do Hospital Municipal da Japuíba (HMJ) o serviço de quimioterapia e de cirurgias oncológicas. Com o convênio assinado hoje já daremos início ao processo licitatório de construção da sede do serviço, que, depois de construída, passará a oferecer também radioterapia. Será um serviço humanizado, do jeito que o prefeito determina, com um atendimento em que a população se sentirá acolhida pelo SUS – informa.

Trabalhando há 11 anos na área da saúde, sendo três deles em Angra dos Reis, na direção do HMJ, o secretário hospitalar Sebastião Faria fez questão de parabenizar o Estado pelo investimento no interior.

– Pela primeira vez, eu vejo, de fato, o estado investindo no interior. Essa ausência sacrificava muito alguns municípios. Em 2018, foram investidos R$ 315 milhões na saúde de Angra, sendo R$ 215 milhões só de recursos próprios da prefeitura e os outros R$ 100 milhões do SUS. O Estado pouco contribuiu – informa Faria.

O prefeito Fernando Jordão foi outro que agradeceu muito ao governador do Rio de janeiro, Wilson Witzel, pelo o apoio oferecido a Angra dos Reis.

– Nós acabamos de assinar R$ 17 milhões em recursos para a saúde de Angra e o secretário de Estado de Saúde saiu de seu gabinete e veio aqui trabalhar conosco. Agradeço a toda equipe e ao governador Witzel por estar enxertando esses recursos diretamente na saúde de Angra. Dessa maneira, poderemos oferecer um melhor atendimento aos nossos munícipes, principalmente para aqueles que não possuem plano de saúde – fez questão de frisar o prefeito.

 

Obras que serão custeadas pelo estado

 

A construção da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, que vai funcionar em um bloco anexo de dois pavimentos, a ser construído junto ao Hospital Municipal da Japuíba e oferecer serviços de quimioterapia, radioterapia e cirurgias oncológicas, será o carro-chefe das obras. Ela vai atender pacientes de Angra, Paraty, Mangaratiba e Itaguaí. O custo dessa obra será de cerca de R$ 3 milhões. Na fase final de construção, o estado destinará outros R$ 9 milhões para aquisição de todos os equipamentos, entre eles o acelerador linear, responsável pela radioterapia.

O HMJ vai ganhar outro anexo para abrigar a sede do almoxarifado e dos setores administrativos, liberando espaços internos para a implantação de novos leitos de UTI e enfermarias, também contemplados no convênio assinado com o Estado.

No terreno em frente ao HMJ será construído um novo prédio de três andares. Em cada andar ficará um serviço. No primeiro, estará localizada a nova sede do Hemonúcleo da Costa Verde, que será ampliada e terá duas salas de triagem; no segundo andar funcionará o Hospital do Olho, que centralizará os serviços na área de oftalmologia, com ambulatórios e recursos de oftalmologia cirúrgica; no terceiro piso será criado um centro de estudos, onde poderão ser realizados cursos, palestras e formações para alunos de medicina e profissionais do setor. A estimativa é que seja necessário pouco mais de R$ 2,5 milhões para a construção do prédio.

Outro projeto é o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPS ad 3). De acordo com o planejamento da Secretaria de Saúde, ele deve ser erguido em um terreno próximo ao HMJ, funcionando 24 horas por dia com leitos e uma equipe de saúde. Vai acolher usuários de drogas e álcool, dando um suporte ao HMJ. A previsão é de que sejam gastos pouco mais de R$ 2 milhões.

O Estado também vai arcar com as despesas da nova sede do Samu, a ser construída na Japuíba, em um terreno próximo tanto do HMJ quanto da UPA, às margens da rodovia Rio-Santos, o que facilitará o deslocamento das equipes quando requisitadas. O custo previsto é de R$ 1.442 milhões.

Por fim, o chamado “Postão de Mambucaba” também será lançado. Em princípio, as obras ficariam a cargo da Eletronuclear, mas para acelerar a reforma, a melhoria acabou entrando no pacote a ser realizado pelo estado. A unidade de saúde, que é composta pelo Serviço de Pronto Atendimento (SPA), Centro de Especialidades Médicas (CEM) e ainda abriga algumas equipes de Saúde da Família, será ampliada e totalmente reformada. Esse será o projeto mais caro de todos e custará R$ 5.261 milhões.

Fotos: Wagner Gusmão / PMAR

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