Lançada com o objetivo de oferecer maior visibilidade à luta contra a compra e venda de produtos contrabandeados, a campanha “Outdoors da Violência”, encabeçada pelo Disque Denúncia (2253 1177), quer conscientizar cariocas e fluminenses quanto à relação entre o contrabando, geralmente controlado pelo crime organizado, e o aumento da violência.

Nos últimos três anos, a instituição registrou um número relevante de informações sobre contrabando e falsificação de produtos, e, por meio da campanha, que tem como tema “Contrabando é crime e aumenta a violência que atinge você”, o Disque Denúncia do Rio de Janeiro disponibiliza a sua central de atendimento para que a população denuncie pontos de vendas de produtos ilegais, depósitos e fábricas clandestinas.

De acordo com a Receita Federal, entre os produtos ilegais mais apreendidos no estado do Rio de Janeiro no ano de 2018 estão o cigarro (29,7 milhões de unidades), vestuário (6,1 milhões de unidades) e eletrônicos (1,8 milhão de unidades). Segundo o Ibope, considerando apenas o cigarro, o estado deixa de arrecadar R$ 373 milhões em impostos – e o mercado ilegal movimenta R$ 966 milhões.

Com um maior número de informações recebidas, o Disque Denúncia conseguirá fornecer melhores dados à polícia, combatendo de forma mais eficaz o contrabando. O serviço registrou, nos últimos três anos, aproximadamente 3.500 informações sobre falsificação e contrabando de produtos. Nesse período, 1.132 denúncias versavam sobre os crimes de receptação, roubo, armazenamento, contrabando e falsificação de cigarros, seguidas por roupas, calçados e artigos de vestuário, bem como produtos de informática, medicamentos e acessórios médicos.

No Brasil, 57% dos cigarros consumidos são ilegais segundo pesquisa do Ibope, ou seja, são vendidos abaixo do preço mínimo definido por lei – R$ 5,00 –, não possuindo registro e nem se submetendo às normas da Anvisa – assim como não pagando impostos e financiando o crime organizado. No Estado do Rio de Janeiro, a marca mais vendida de forma ilegal é a paraguaia Gift, com 37% de participação de mercado, à frente de todas as marcas produzidas legalmente no Brasil.

De 2015 a 2018, o mercado ilegal desse produto no estado do Rio cresceu 125% em volume, atingindo 5,1 bilhões de unidades de cigarros, e 24 pontos percentuais em participação de mercado. E não são apenas ambulantes que vendem o produto: 78% do volume de cigarros ilegais são vendidos no varejo, principalmente em bares (51%), padarias (12%) e mercados/mercearias (7%).

 

 

Foto: reprodução

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