— Esta comissão vai fiscalizar todas as especificações e determinações que abrangem o transporte: quantidade de veículos em circulação, número de usuários do serviço, valor da tarifa, as linhas sob a responsabilidade de cada empresa e ainda fará o levantamento de todas as multas, notificações e outras medidas aplicadas pela secretaria municipal de Transporte e Mobilidade Urbana — detalhou o vereador durante a última sessão ordinária da Casa, na semana passada.
A sugestão de criar a Comissão Especial foi reforçada pelo último acidente ocorrido na tarde da sexta-feira, 15, quando um ônibus da empresa Sul Fluminense, que fazia a linha 425 Siderlândia (via Ponte Murilo César), bateu na parede de um comércio na rua Angra dos Reis, no bairro de mesmo nome. O veículo estava parado no ponto final quando desceu a rua e colidiu na parede, felizmente sem vítimas. Segundo moradores, o freio do veículo teria apresentado uma falha.
Na semana passada, Granato já havia atacado a qualidade do transporte público. Ele destacou que vem recebendo reclamações de usuários que o param na rua para apresentar queixas, ou enviam denúncias pelo telefone e as redes sociais.
— Diariamente recebo queixas e elas vêm aumentando ultimamente. As pessoas reclamam do tempo de espera nos pontos, pois várias linhas estão passando com atraso ou com menos horários; pessoas com deficiência reclamam que em alguns veículos as portas de acesso ou o elevador não estão funcionando; reclamam das condições dos ônibus, muitos deles já em péssimo estado; enfim, são várias as queixas dos usuários, pessoas que dependem do transporte público para estudar, trabalhar, para o lazer, consultas médicas e não conseguem ser atendidas em suas necessidades, chegando atrasadas ou perdendo os compromissos — lamenta Granato.
Para o parlamentar, a criação da comissão seria um passo na busca por um transporte de melhor qualidade e eficiência em Volta Redonda. Granato espera levantar os problemas e indicar soluções. E não descarta defender até uma nova licitação para o transporte público, que seria precedida de uma audiência pública entre população, empresários e o Poder Público.
— Minha indignação é contra o serviço prestado pelas empresas e não contra os trabalhadores – motoristas e cobradores. Sei que os profissionais não podem responder pela qualidade dos serviços e não devem ser responsabilizados por isso, mas a população merece um transporte mais eficiente — defende ele.
Fotos: Reprodução
Com informações de Osmar Neves/Gazeta dos Bairros
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