Na noite do último domingo, 17, o Shopping Park Sul, em Volta Redonda, recebeu artistas de diversos segmentos para a cerimônia de entrega do Prêmio Olho Vivo 2018, importante premiação cultural do Sul Fluminense.

Organizado pelo jornalista Cláudio Alcântara, o prêmio começou a ser distribuído no começo dos anos 90 e nunca deixou de lado a missão de mapear o que há de melhor no segmento cultural da região.

Os artistas são escolhidos por meio de votações na internet, ao longo do ano corrente do prêmio. No começo do ano posterior, acontece a grande final, quando os finalistas compareceram em peso, para torcer e também trocar experiências com seus pares.

Os profissionais da cultura de Angra dos Reis tiveram motivos de sobra para comemorar na cerimônia de premiação, já que em três categorias distintas foram escolhidos como os melhores por um júri técnico.

A banda de reggae/pop Sereno faturou o prêmio na categoria “Melhor Álbum/EP”, pelo lançamento do ótimo “Positividade”, primeiro EP do conjunto. O tecladista da banda, Humberto Ramos, falou sobre a conquista.

– Estamos muito felizes e o prêmio nos mostra que seguimos o caminho certo. Isso nos dá força para continuar lutando por nossos sonhos. O cenário de música autoral ainda é pouco movimentado na nossa região e esse evento ajuda os artistas. Temos a consciência de que precisamos fortalecer mais essa cena e estamos correndo atrás disso – declara o músico.

Ainda na área musical, o quarteto Moeda Paralela, também de Angra, ganhou o troféu como “Melhor Banda/Grupo”. O guitarrista do conjunto, Carlos Máximo, também falou a respeito do prêmio.

–Da mesma forma que foi importante ter vencido na categoria CD/EP, na época em que lançamos o nosso primeiro trabalho, desta vez foi providencial ter recebido o prêmio na categoria Banda/Grupo, pelo momento que estamos vivendo. Receber esse prêmio significa o amadurecimento do nosso trabalho e o reconhecimento da nossa identidade – diz Carlos.

E não foi somente na música que o município teve destaque. O espetáculo teatral “Borra de Café”, do grupo Artêros, escrito pela atriz Letícia Mendes e dirigido por Ramon Souza, foi o grande vencedor da categoria “Melhor Espetáculo”.

– Estar lá naquele momento, rodeada de toda a equipe, e ouvir o nome “Borra de Café” anunciado como vencedor foi uma explosão de felicidade. É muito gratificante e também emocionante para mim, como responsável pelo texto, vê-lo não só criando vida, mas alçando voos maiores e sendo reconhecido – comenta Letícia Mendes.

De acordo com organizador e criador do Olho Vivo, Cláudio Alcântara, apesar de todos os obstáculos, o prêmio segue focando em seu objetivo. E inovando.

– O prêmio este ano superou as expectativas, apesar das dificuldades apresentadas quanto à obtenção de patrocínios. Mas a cerimônia foi muito boa, assim como a maratona cultural, que aglutinou ainda mais pessoas do que no ano passado. Só o fato de acontecer um evento cultural desse porte, dentro de um shopping, já é uma grande inovação.

 

 

Foto: reprodução

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