— O sistema público de saúde é pactuado, ou seja, tem atribuições federal, estadual e municipal. Nessa pactuação, o serviço de UTI é regulado pelo Estado, ou seja, é o Estado quem diz aos municípios para onde levar pacientes graves, depois de estabilizados. Cidades com menos de 100 mil habitantes não têm licença para ter UTI’s públicas — explica ela.
Martha esclarece, porém, que tanto a UPA de Paraty como o hospital municipal possuem equipamentos e pessoal para fazer o primeiro atendimento, de emergência, para estabilizar os pacientes e dar condições para a transferência. Sem este atendimento de emergência, não é possível nem pensar em mandar os internados para outro lugar. Entre os equipamentos usados na estabilização estão respiradores e bombas infusoras, disponíveis sempre que necessário.
Gargalos — A secretária reconhece, no entanto, que ainda há desafios que precisam ser vencidos. Melhorar o centro cirúrgico, por exemplo, é um deles. O que existe hoje tem que ser sempre adaptado pois foi construído quando a cidade tinha menos população. Tanto que o projeto do novo hospital municipal prevê a construção não apenas de um, mas de três centros cirúrgicos. Essa ampliação atenderá a demanda futura e dará ao sistema público uma retaguarda melhor. As obras do novo hospital ainda dependem de recursos oriundos do convênio com a Eletronuclear. A previsão é que o novo hospital entre em operação no final de 2018.
Outro gargalo é o
Perguntada sobre se o sistema público de saúde de Paraty está apto a atender bem à população em caso de emergências, até mesmo de maior gravidade, a secretária de Saúde foi decisiva.
— Sem dúvida nenhuma que sim. Temos uma equipe bastante preparada e equipamentos. É claro que nós temos dificuldades sim, como em todo sistema público de saúde. Mas muitas coisas são feitas em boas parcerias, especialmente com Angra e até outras cidades. O nosso atendimento na UPA já melhorou e com o futuro hospital vai melhorar ainda mais. Somos capazes sim de atender um paciente em risco iminente de morte e fazer a sua estabilização para ser transferido em segurança — garantiu Martha, destacando que, claro, isso depende sempre da gravidade de cada situação.
Foto: Reprodução
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Publicado antes na edição 199 do jornal Tribuna Livre.
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