A sede administrativa da Fundação Eletronuclear de Assistência Médica | Foto: Divulgação

A Eletronuclear publicou nota em seu site para rebater o que a empresa chamou de ‘informações inverídicas’ que dariam conta da redução dos investimentos da empresa no Hospital de Praia Brava (HPB), em Angra, com a consequente paralisação de serviços. Apesar das queixas da população e da indicação de que realmente alguns atendimentos estão sendo cerceados, a empresa negou a intenção de fechar a unidade e reforçou um compromisso com a divulgação correta de informações, rebatendo conteúdos postados nas redes sociais.

A Eletronuclear afirma que a Fundação Eletronuclear de Assistência Médica (Feam), responsável pela administração do hospital, é uma entidade privada independente, instituída pela própria Eletronuclear em 1999. A empresa garante que não interfere na gestão da Fundação ou na escolha de diretores, limitando-se a indicar membros ao Conselho Curador, que não tem poder decisório.

Sobre demissões ocorridas no hospital, a Eletronuclear afirma terem sido motivadas por questões administrativas, sem afetar os serviços de saúde, que continuam operando. A Feam é mantida por recursos diversos, incluindo doações, subvenções e repasses da Eletronuclear, que em 2024 destinou aproximadamente R$ 40,5 milhões para sua operação, além de R$ 12 milhões para o contrato de gestão do Centro Médico de Radiações Ionizantes (CMRI), especializado no atendimento a radioacidentados.

— A Eletronuclear destaca que o estatuto da Feam prevê a busca por novas fontes de recursos e patrocínios, e a atual diretoria da empresa está empenhada em estimular essa diversificação financeira. O objetivo é garantir a sustentabilidade e a expansão dos serviços prestados à população da Costa Verde fluminense. A empresa reforça seu compromisso com a transparência e permanece à disposição para esclarecer dúvidas sobre o tema, reafirmando seu apoio à Feam e ao Hospital de Praia Brava — afirma o conteúdo divulgado no site da empresa.

As queixas sobre o atendimento no Hospital de Praia Brava e ameaças de suspensão de serviços remunerados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) começaram no ano passado. A Fundação Feam chegou a anunciar medidas de restrição a usuários SUS nos ambulatórios, mas depois recuou. Com a crise financeira instalada no caixa da Eletronuclear desde a privatização da Eletrobras, em 2022, a manutenção dos repasses financeiros da empresa para a Feam podem ter descontinuidade e o risco preocupa os usuários.

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