A primeira edição da Conferência Livre de Meio Ambiente em Angra dos Reis, na semana passada, cumpriu seus objetivos principais com o levantamento de sugestões e propostas e a escolha de representantes da cidade para a Conferência Nacional do mesmo tema, prevista para maio em Brasília. O encontro em Angra ocorreu pela mobilização popular de entidades, após um vácuo de convocação oficial por meio do governo municipal.
O conferência foi no colégio estadual Nazira Salomão, com a presença de cerca de cem pessoasem um dia único de debates sobre o tema ‘Angra dos Reis, as Mudanças Climáticas e a Recorrência dos Desastres Naturais’. Durante a manhã houve apresentações e o painel de abertura sobre a situação atual de risco e o histórico de desastres naturais em Angra. A enchente do Bracuí, em dezembro de 2023, e a intervenção municipal de canalizar o rio iniciada em seguida tiveram grande destaque. No período da tarde, cinco grupos temáticos abordaram eixos da Conferência Nacional.
De acordo com os organizadores, os resultados foram ricos e destacaram a necessidade de saldar o passivo de desastres naturais já ocorridos; de garantir mais recursos para programas de prevenção e remediação de catástrofes, e a necessidade de programas de educação ambiental permanente adequada às comunidades a que se dirigem incluindo tradicionais, periféricas ou urbanas. Todas as propostas ainda deverão considerar a necessidade de combater o racismo ambiental e o preconceito de gênero.
No final do encontro foram escolhidas Jussara Adriano, do quilombo Santa Rita do Bracuí, como delegada à Conferência Nacional, e Rafael Ribeiro como suplente. Para dar sequência às discussões e manter a lutando pelo meio ambiente e por justiça climática foi criado ainda o Fórum Popular ‘Angra Justa e Sustentável’, que terá encontros regulares. Os organizadores também se comprometeram a tornarem públicos os resultados do encontro.
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