A estudante de Engenharia Elétrica, Larissa Borges de Melo, que participou de um estágio de férias na Eletronuclear em duas oportunidades, ganhou o concurso Hackathon com um grupo de amigos e foi convidada para conhecer a Agência Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (Nasa). O grupo de estudantes criou um programa para detectar abalos sísmicos e mandar os sinais para a Terra.
O Hackathon é uma maratona de programação em que grupos de até seis pessoas competem para desenvolver programas que possam resolver problemas a partir de dados não tratados disponibilizados pela agência espacial. Na edição de 2024, mais de 185 países participaram da competição, que envolveu cerca de 90 mil participantes. Os dez melhores projetos ganham o direito de fazer uma apresentação para a diretoria da Nasa, além de as equipes conhecerem os três centros da agência e assistirem a uma decolagem de foguete.
Na Eletronuclear, Larissa trabalhou no Departamento de Gestão de Manutenção em 2023 e no Laboratório de Monitoração Ambiental em 2024, o que despertou seu interesse para assuntos relacionados às mudanças climáticas. Por isso, não teve dúvidas ao escolher qual dos desafios propostos pela Nasa deveria resolver.
— Escolhemos um dos desafios e tínhamos 48 horas para resolvê-lo. Criamos a programação de um módulo de pouso que pudesse detectar abalos sísmicos a partir de ruídos e enviar os sinais para a Terra de forma que o gasto de energia fosse otimizado. Usamos dados de testes das Apolos 12 e 15 e do atual módulo de pouso que está em Marte. Desenvolvemos o programa e fizemos o teste de acurácia para demonstrar a eficácia dele. Para isso fizemos uma plataforma visual para simular o tipo de abalo — detalhou a estudante.
Essa é a segunda vez que Larissa participa do projeto Hackaton e fica entre os finalistas.
— No ano passado ficamos entre os finalistas da etapa brasileira, que já foi uma grande vitória, mas não seguimos adiante. Desta vez já estávamos muito felizes por termos ficado entre os 40 melhores projetos, porque eram apenas sete grupos brasileiros. Mas conseguimos prosseguir e agora fomos um dos projetos vencedores — comemorou a estudante, que participou com outros colegas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que são de vários cursos diferentes, formando o grupo “42 QuakeHeroes”.
(*) Com informações da assessoria de comunicação da Eletronuclear.
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