Central 190 recebe denúncias de violência contra a mulher | Foto: Agência Brasil/Freepik

O Serviço de Atendimento de Emergência do 190, da Polícia Militar do Rio, registrou 621.139 ocorrências no ano passado, sendo 87.626 relacionadas à violência contra mulheres, ou seja, 240 chamadas por dia. Os dados são do ISP/RJ, o Instituto de Segurança Pública do estado. Para atender às denúncias, foram enviadas, diariamente, 192 viaturas e empregadas cerca de 296 horas de atuação policial.

Entre os delitos relacionados à violência de gênero, foi observado um aumento de 44% nas ligações denunciando assédio sexual, e de 118% nas ocorrências de descumprimento de medida protetiva. Segundo a diretora-presidente do Instituto, Marcela Ortiz, a tendência reforça a importância do atendimento do 190 para situações que colocam em risco a integridade física das mulheres.

— A análise dos dados da Central do 190 amplia a compreensão sobre os crimes de violência de gênero. O aumento das denúncias é um indicativo de que os programas e ações fortalecem a confiança da população no trabalho do Estado — afirmou Marcela Ortiz.

Ao analisar os municípios com maior percentual de ligações relacionadas à violência contra a mulher, se destacam Japeri, Queimados, Seropédica, Magé e Belford Roxo, todos na Baixada Fluminense.

Há poucos meses, o governador Cláudio Castro (PL) anunciou ações para fortalecer as políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher. Entre as medidas houve o lançamento de duas ferramentas tecnológicas: a Sala Lilás Virtual, disponível no aplicativo Rede Mulher, e o Protocolo Lilás da Central 190.

Além disso, há cinco anos, a Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar, protege mulheres que sofrem violência doméstica. O programa fiscaliza o cumprimento de medidas protetivas de urgência e conta atualmente com 48 equipes operacionais distribuídas pelos 92 municípios.

A patrulha já realizou 325.290 atendimentos, prestou apoio direto a 83.841 mulheres e efetuou a prisão de 705 agressores, a maioria por descumprimento de medidas protetivas. Além disso, as unidades oferecem as Salas Lilás, espaços seguros e acolhedores para atendimento especializado.

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