O governo federal anunciou nesta quarta-feira, 8, mais investimentos públicos incluídos no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Seleções), desta vez destinados a atender obras de prevenção de desastres, como contenção de encostas e drenagem. Angra dos Reis foi um dos 91 municípios selecionados para receber investimentos em obras de contenção, aquisição de ônibus elétricos e ações de regularização fundiária.
Ao todo, 91 municípios do país com problemas recorrentes de deslizamentos de terra foram selecionados para receber estas obras de contenção de encostas. As intervenções ocorrem em cidades classificadas pelo governo federal como críticas, onde há áreas de risco alto ou muito alto para a população local. Ao contrário de outras etapas do PAC já divulgadas, desta vez não houve detalhamento dos investimentos. O deputado federal Lindbergh Farias (PT) afirmou, no entanto que para Angra serão R$ 30 milhões, a fundo perdido, ou seja, por meio de repasses sem contrapartidas.
— Lula está liberando R$ 22 milhões para obras de contenções de encostas; mais R$ 7,2 milhões para renovação de frota de ônibus, incluindo ônibus elétricos; e regularização fundiária, mais R$ 1,1 milhão — garantiu Lindbergh em vídeo postado em suas redes sociais.
O Novo PAC Seleções foi lançado em setembro de 2023, quando foram anunciados investimentos de R$ 65,2 bilhões para seleções de obras e empreendimentos, com participação dos estados e municípios. O valor total destinado é de R$ 136 bilhões e a segunda etapa do programa está prevista para 2025.
Na primeira etapa dos anúncios, Angra já tinha sido incluída em projetos de saúde e educação que incluem a construção de uma nova unidade de saúde do tipo policlínica; a construção de outra unidade básica de saúde do programa Saúde da Família (UBS) de porte I; o projeto de restauração do convento São Bernardino de Sena, no Centro; a implantação de um CEU da Cultura no Frade e a aquisição de dois ônibus escolares.
Como o anúncio desta semana ocorre em meio à tragédia do Rio Grande do Sul, o presidente Lula (PT) chamou a atenção para o desafio de lidar com as mudanças climáticas.
— O que aconteceu no Rio Grande do Sul é um aviso para todos nós, seres humanos. Nós precisamos ter em conta que a Terra está cobrando. Tem acontecido coisas estranhas em tudo quanto é lugar do país e do mundo. Não é apenas agora. Temos tempo de mudar isso — defendeu o presidente.
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