Conselheiros de turismo foram conhecer as obras do futuro museu | Foto: Divulgação/PMP

Estão em ritmo acelerado as obras de construção do novo Museu do Caminho do Ouro, em Paraty, construção que vai destacar parte da história do trajeto que ligava a cidade da Costa Verde ao interior de Minas Gerais durante o chamado Ciclo do Ouro, no século XVIII. A prefeitura paratiense prevê que o espaço se tornará um ponto turístico do município.

Nesta terça-feira, 2, integrantes do Conselho Municipal de Turismo fizeram a primeira visita técnica à construção, juntamente com o secretário de Turismo, Tuco Gama. Um engenheiro da secretaria de Obras explicou a construção e o andamento da obra.

Tuco Gama deverá deixar a secretaria nos próximos dias mas afirmou que o museu terá, entre outras tarefas, o intuito de preservar e mostrar a cultura paratiense. Sobre o local da construção, na antiga escola estadual Monsenhor Pizarro, ele frisou a beleza e a posição estratégica, no bairro Penha. A obra deverá ser concluída em setembro de 2024,

O futuro museu estará na entrada do percurso histórico Caminho do Ouro, próximo à tradicional igreja da Penha. A instalação também é caminho para as cachoeiras conhecidas como Tobogã e Tarzan, e situada de frente ao alambique Engenho D’Ouro e a casa de farinha, pontos que já recebem visitações regulares de turistas.

— A ideia do museu é trazer elementos do Caminho do Ouro. E ali também vai ser um receptivo para as pessoas, enaltecendo e potencializando questões desse caminho, até por fazer parte desse circuito — explicou a secretária adjunta de Turismo, Sandra Barros.

A construção de 175 metros quadrados acontece com investimentos de R$ 737 mil, por meio do Fundo Municipal de Turismo e aprovada pelo Conselho Municipal. O grupo conta com representantes civis, públicos e empresários deliberam e definem parte do andamento do projeto.

Gestão — Ainda está sendo debatida a futura gestão do equipamento em construção e o funcionamento do prédio, além da curadoria de ordem turística e cultural.

— Pensamos em uma gestão da iniciativa privada, que a gente possa ter uma exposição fixa ou itinerante, enfim, mas que essa iniciativa possa estar presente agregando em alguma coisa. Então, existe uma expectativa boa de que isso possa realmente somar à cidade e ao turismo — afirmou Márcio Binder, presidente da Associação de Pousadas do município.

Binder também destacou o fato de se criar um local que conte a história da cidade, bem como a descentralização do museu, criando um espaço para expor cerâmica, artesanato, além de contar um pouco da história de Paraty.

Caminho do Ouro — Trilha indígena e rota oficial dos portugueses durante o século XVIII, o Caminho do Ouro foi construído por escravizados e conectava Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo durante o Ciclo do Ouro (1700 a 1750), primeira fase econômica do município fluminense. Atualmente, restam cerca de 4 km das pedras originais, conservadas em um trajeto aberto à visitação.

Paraty se tornou um entreposto comercial até a construção do novo trajeto, ligando apenas Rio e Minas. Por isso, muitas riquezas da Coroa eram transportadas e escoadas por esse percurso, fazendo do porto marítimo a principal saída.

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