Evento contou ainda com a tradicional dança do Jongo. | Foto: Wagner Gusmão/PMAR

Nesta segunda-feira, 20 de novembro, Angra dos Reis comemorou o Dia da Consciência Negra com um evento marcante na Praça Zumbi dos Palmares. Organizada pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura e Patrimônio, a festividade reuniu diversos movimentos culturais e religiosos, celebrando a cultura afro-brasileira e promovendo reflexões sobre a importância do legado negro.

O secretário de Cultura e Patrimônio, Andrei Lara, enfatizou a relevância da celebração, afirmando: “Vinte de novembro, feriado estadual, e Angra mais uma vez realiza essa festa bonita que é o Dia da Consciência Negra. Tivemos uma programação cultural voltada ao povo preto e a todos da nossa cidade, celebrando os nossos ancestrais e mantendo vivas as tradições.”

O evento incluiu o tradicional banho de alfazema no busto de Zumbi dos Palmares, líder quilombola brasileiro, cuja morte é lembrada como um dia de luta e reflexão. A manhã festiva também contemplou uma apresentação de Xirê Cultural, uma roda de canto e dança conforme as tradições de matrizes africanas, projeto contemplado pelo Fundo Municipal de Cultura.

Os espectadores puderam apreciar e participar de uma empolgante roda de capoeira, que reuniu representantes de diversos grupos da cidade. Em seguida, Cristina Moraes subiu ao palco para uma emocionante apresentação em Iorubá.

O renomado grupo de jongo Bindito Cruz, da Vila Histórica de Mambucaba, liderado pelo Sr. Candongo, também marcou presença, encantando o público com a autenticidade dessa dança de roda de origem africana. Ao término da apresentação, o secretário de Cultura comprometeu-se a organizar, no próximo ano, um encontro estadual com grupos de jongo para preservar e promover essa manifestação cultural.

A programação continuou com a energia contagiante do projeto Tambores de Angra, apresentado por Etiópia e Marisco, levando o público a dançar e se envolver na celebração. O evento culminou em uma animada roda de samba comandada pelo grupo de pagode Nosso Som.

Mãe Sandra, que participou do Xirê Cultural, expressou sua gratidão, destacando: “Independente de religião e de cultura, agradecemos a quem veio e principalmente à Prefeitura por estar dando essa importância não só ao nosso trabalho cultural, mas à nossa vida. Isso é ancestralidade.”

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