O Sindicato dos Condutores de Ambulâncias do Estado do Rio de Janeiro (Simcaerj) está liderando uma mobilização pela atualização do piso salarial dos profissionais da categoria, congelado em R$ 2.513,59 desde 2019. De acordo com o presidente do Simcaerj, Henrique Granadeiro, os anos sem reajuste causam prejuízos para os trabalhadores.
— São quase cinco anos sem correção no piso salarial. Isso significa que os profissionais admitidos agora já entram na função com defasagem e prejuízos. A correção salarial deste período é um direito da categoria — explica ele.
Uma lei federal determinou que os Estados e Municípios têm o poder para fixar o piso regional de acordo com a realidade de cada região. No Rio de Janeiro, o salário inicial dos condutores de ambulâncias está congelado desde a gestão do ex-governador Wilson Witzel (2018-20). Em março deste ano, um debate na Assembleia Legislativa do Estado reuniu representantes de várias categorias profissionais que estão na mesma situação.
A própria Assembleia indicou ao Executivo, por sugestão da deputada Dani Balbi (PSOL), a fixação de pisos para várias categorias, inclusive os condutores de ambulâncias, que passariam a ter como salário inicial, o valor de R$ 3.267,69. A medida, no entanto, é de exclusiva decisão do governador Cláudio Castro (PL). Uma comissão formada por parlamentares e representantes de várias categorias, inclusive do Simcaerj, tenta destravar a negociação e assegurar a correção salarial.
— Os condutores de ambulância são essenciais para o serviço público de saúde. Estamos nesta luta ao lado dos trabalhadores e contamos com a mobilização de parlamentares e de outras categorias que também seriam beneficiadas com a fixação de novos pisos salariais — defende o presidente Henrique Granadeiro.
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