O Governo do Estado recebeu hoje, 23, os resultados dos exames que descartaram a ocorrência da Influenza Aviária (H5N1) em moradores de São João da Barra, cidade no litoral norte do estado. A avaliação foi realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em amostras de sangue de quatro pessoas que tiveram contato com uma ave silvestre contaminada pelo vírus no município. A informação foi repassada às secretarias de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa) e de Saúde (SES-RJ), que reforçam ações de monitoramento e prevenção contra a doença.
O Ministério da Agricultura decretou na segunda-feira, 22, emergência zoosanitária em todo o território nacional para evitar que a doença chegue à produção de aves de subsistência e comercial, além de preservar a fauna e a saúde humana.
Até o momento, o Rio tem um caso de ave silvestre identificada com o vírus. A secretaria de Estado de Agricultura prepara um Plano de Contingência para orientar as ações de enfrentamento voltadas às áreas de produção aviária. O objetivo é estabelecer medidas de prevenção e controle da Influenza Aviária Altamente Patogênica em aves domésticas, silvestres e exóticas, bem como estabelecer um fluxo de informação entre os órgãos envolvidos por tratar-se de uma zoonose grave e que possui um potencial pandêmico. Busca, também, detectar precocemente a doença e conter a disseminação no Estado do Rio.
— Estamos trabalhando firmes para executar todas as ações necessárias de combate à influenza aviária. Aos nossos produtores de subsistência e avicultores comerciais, informamos que todas as medidas sanitárias estão sendo devidamente adotadas pela Defesa Agropecuária estadual, visando ao atendimento imediato das notificações de suspeita da influenza aviária nas aves silvestres no estado. É importante lembrar a todos os criadores de aves de corte ou postura que é obrigatório estar cumprindo as medidas de biosseguridade nas suas granjas, como determina a legislação vigente — destaca o secretário de Estado de Agricultura, Flávio Ferreira.
O órgão alerta, ainda, que a população deve evitar contato direto com aves caídas, mortas ou não, domésticas, silvestres/exóticas e silvestres migratórias, mamíferos aquáticos (qualquer espécie). Qualquer suspeita de animal contaminado deve ser comunicada imediatamente à unidade da Defesa Agropecuária da região ou à Coordenação de Vigilância Ambiental do seu município.
— É importante manter a população informada. Já realizamos reuniões e mobilizamos todos os centros de controle de vigilância do nosso estado — disse o secretário de estado de Saúde, Luizinho.
A SES-RJ orienta que profissionais das unidades de saúde sigam atentos, durante a triagem e o atendimento médico, a casos de síndrome gripal em pacientes que tiveram contato com animais silvestres. Havendo suspeita, a coleta de amostras é recomendada, independentemente do dia de início dos sintomas, incluindo os casos em unidade de terapia intensiva (UTI). O diagnóstico por RT-PCR é considerado o método padrão-ouro e deve sempre ser adotado para obtenção dos resultados laboratoriais.
Doença — A H5N1 ou Influenza Aviária é uma doença causada por vírus, que afeta muitas espécies de aves, inclusive migratórias; e, eventualmente, mamíferos terrestres e marítimos, suínos e o próprio ser humano. Sua incidência gera graves consequências à saúde animal, à economia e ao meio ambiente.
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