Dirigentes do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (Inea/RJ) estarão em Angra dos Reis na próxima terça-feira, 31, para debater com moradores da Praia do Aventureiro (foto), na Ilha Grande, o futuro da localidade, uma das últimas comunidades caiçaras não legalizadas do Estado. As cerca de 40 famílias que residem no bairro estão apreensivas desde que o Inea manifestou a intenção de transformar o Aventureiro em Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS), o que, na prática, impõe limites à propriedade dos moradores e inviabiliza a permanência destas pessoas na localidade. Muitas estão no Aventureiro há mais de 50 anos, bem antes de a área ser considerada de preservação ambiental.
Para o vereador José Antônio Azevedo (PCdoB), da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal angrense, é preciso encontrar uma saída para os moradores, que permanecem diante de um impasse cruel, sob o risco de serem impedidos de continuar na Ilha Grande.
— A comunidade precisa de uma solução. A proposta de Reserva preocupa porque os moradores perderiam parte do seu patrimônio. Uma das alternativas poderia ser uma espécie de demarcação que assegurasse condições à permanência destes moradores — defendeu José Antônio.
A reunião com o Inea está sendo perseguida pelos moradores há quase três meses. Muitos creem que esta seja a última chance de superar este impasse. Além da comunidade e da Câmara Municipal angrense, o encontro contará com a presença de representantes da secretaria municipal de Meio Ambiente de Angra, também interessada na superação do conflito. A reunião será na terça-feira, 31, às 10h, no Centro de Estudos Ambientais, na Praia da Chácara, em Angra dos Reis.
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