Há quase um mês sem registrar morte por causa da Covid-19, e com o índice de ocupação do Hospital de Campanha abaixo de 10% há vários dias, a prefeitura de Paraty planeja fazer a abertura total do município até o final de outubro ou início de novembro. Será decisivo para a mudança, no entanto, o desempenho dos índices de contágio no município após o feriado de 12 de outubro, na semana que vem.

— Os indicadores mostram que estamos numa situação mais tranquila. Não houve avanço da doença após o último feriado e estamos conseguindo também impor um bloqueio imediato quando alguma região mostra variação positiva no número de casos — explica a secretária municipal de Saúde, Carla Lacerda.

A secretária de Saúde, Carla Lacerda (D)

Ainda de acordo com Carla, o plano de abertura total da cidade, provavelmente a partir de novembro, vai manter todas as recomendações de distanciamento e uso de máscaras, além do início de uma testagem em massa da população que está sendo planejada para as próximas semanas. Carla elogiou o envolvimento da população paratiense durante a fase mais aguda da crise, iniciada em março.

— A população colaborou muito e isso é essencial durante toda o período da pandemia. Entenderam a necessidade de uso de máscaras, estão atentos a todos os cuidados e por isso mesmo nós podemos visualizar já esta possibilidade de reabertura — explicou a secretária.

Hospital — Paraty teve 1,1 mil casos confirmados da Covid-19 até o dia 4 de outubro. 38 pessoas morreram por causa da doença na cidade. Neste momento até o desmonte do hospital de campanha está sendo avaliado. Para que isto aconteça, estão sendo organizados procedimentos e protocolos de atendimento no próprio Hospital Municipal Hugo Miranda (foto), que poderia atender a até oito pacientes com Covid-19 em estado mais grave. Apesar dos planos de reabertura, Carla garante que uma decisão desta natureza não será feita sem o respaldo técnico dos médicos que monitoram a situação na cidade desde o início e pelos quais passaram todas as decisões. Este monitoramento, segundo ela, foi vital para que a cidade implantasse o sistema de bandeiras, controlasse a doença e tomasse medidas acertadas para evitar mais mortes.

— Foi duro e foi difícil ter de tomar algumas decisões, fechar a cidade inclusive, mas foi necessário. Estávamos diante de uma doença desconhecida e era preciso ampliar nossa capacidade de atender. Hoje temos mais conhecimento sobre o vírus, iniciamos tratamento com medicamentos de imediato, logo nos primeiros sintomas, e temos uma retaguarda de atendimento muito bem preparada. Nossa caminhada nesta crise não teve recuos e seguimos com a abertura controlada e segura — garantiu Carla, orientando a quem apresentar sintomas de gripe a procurar em demora o atendimento médico.

Foto: Reprodução

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