A Defesa Civil Municipal de Angra concluiu o Formulário de Avaliação de Danos (Avadan) para o Sistema Nacional de Defesa Civil. O documento aponta que 61 bairros da cidade sofreram danos por causa das chuvas do final do ano, desde escorregamentos e deslizamentos até eventos menores como enxurradas e inundações bruscas. Pelos cálculos da Defesa Civil, choveu, nos últimos dias de 2009, 417 mm de chuva, ultrapassando a média para todo o mês de dezembro, prevista para os 225 mm.

O Avadan retrata o cenário do município após o desastre: 2.284 ficaram desalojadas (temporariamente em casa de parentes ou amigos); 652 foram desabrigadas (assistidas em abrigos mantidos pela Prefeitura); 80 foram deslocadas para fora do município); duas permanecem desaparecidas, 31 levemente feridas, 9 gravemente feridas e 52 mortas.

Os danos materiais causados a edificações também foram intensos: 307 casas populares foram danificadas e 1207 destruídas; 4 outros tipos de residências (mansões, condomínios de luxo etc) também foram atingidas; 73 pontos comerciais foram danificados e um destruído. Pelo menos 9 quilômetros de estradas foram danificados e 11 quilômetros destruídos, o que representa cerca de 3 mil m² de pavimentação de vias urbanas danificadas.

O meio ambiente da cidade também sofreu. A flora teve índice de desmatamento muito alto e o solo também sofre com as erosões. O nível de intensidade do desastre foi do tipo IV (último índice da avaliação), de acordo com a Codificação de Desastres, Ameaças e Risco (CODAR), ou seja, que o porte do desastre foi considerado muito grande. O prefeito de Angra, Tuca Jordão (PMDB), apresentou à secretaria nacional de Defesa Civil, o Avadan, buscando a validação do decreto do Estado de Calamidade. A homologação do decreto depende do Governo Federal que analisará o documento, como também a liberação de recursos para reconstruir o município.

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