A realização da passeata pela Paz em
Angra dos Reis no final de maio promete ser o primeiro passo de um movimento que visa acompanhar as ações efetivas contra a violência na cidade, uma espécie de fórum permanente integrado por entidades, sindicalistas, lideranças políticas e autoridades. O grupo já tem reunião marcada esta semana para decidir os próximos passos da mobilização.

A passeata pela Paz levou um multidão vestida de branco e com cartazes para as ruas na quinta-feira, 24. O evento foi promovido por entidades como a Ordem dos Advoga-dos dos Brasil (OAB) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), com apoio de sindicatos e lideranças religiosas. Para os organizadores, apesar das dificuldades com transporte, a adesão dos comerciantes foi alta. O comércio fechou as portas no Centro e os funcionários liberados para participarem da atividade.

— A Paz é urgente para nossa cidade. Precisamos dar essa contribuição e trabalhar para mudar esta situação — disse Valter Ornellas, dirigente da CDL.

Para o presidente da Subseção da OAB de Angra, Luís Carlos Jordão, mais importante que o ato em si será a mobilização da sociedade para acompanhar as ações após o evento.

— Ficamos satisfeitos com a participação das pessoas, das escolas e do comércio. A violência afeta a todos e precisamos urgentemente de uma cultura de Paz. As reivindicações que temos serão encaminhadas às autoridades e vamos cobrar — explicou o advogado.

Entre as presenças no evento, entidades como a maçonaria, a Sociedade Pestalozzi, sindicatos, autoridades e lideranças religiosas. Os vereadores angrenses inter-romperam a sessão legislativa e aderiram à passeata pelas ruas do Centro da cidade. O frei Fernando, pároco do Centro de Angra, ressaltou que o envolvimento dos cristãos deve ser integral e que as igrejas devem apoiar e participar de ações assim.

Um documento com pedidos aos governos será encaminhado nos próximos dias às autoridades. São pedidos que variam desde reforço na iluminação pública e ações de urbanismo, até a recomposição do efetivo policial do 33º BPM.

Fotos: Edmar Tavares

Publicado antes na edição impressa do Tribuna Livre.

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