A Justiça Eleitoral abriu oficialmente nesta quinta-feira, 16, a campanha eleitoral deste ano em todo o país. A partir de hoje estão liberados os eventos públicos, os pedidos explícitos de votos e a distribuição de materiais informativos, bem como na Internet e mídias sociais. Além da presidência da República e dos 27 senadores, serão eleitos 513 deputados federais (46 no Rio de Janeiro), 70 deputados estaduais no Rio e 54 senadores (2 por Estado). O primeiro turno da eleição será no dia 7 de outubro.

Pré-campanhas — Como estavam impedidos pela legislação de fazerem campanha abertamente até agora, os candidatos optaram por reuniões e mobilizações para grupos fechados. E ninguém teve melhor desempenho neste quesito que o ex-secretário de Governo de Angra, Venissius Barbosa (PRP), que disputa vaga de deputado federal. As reuniões de que participou na pré-campanha foram um termômetro de que a candidatura chega ao período oficial com capacidade de aglutinar ainda mais apoios.

Houve muitos encontros com grupos de até mais de uma centena de pessoas, mobilizadas por vereadores angrenses e lideranças comunitárias, além do próprio staff do governo municipal já que o prefeito angrense, Fernando Jordão (MDB), apoia Venissius abertamente.

Na quinta-feira, 9, por exemplo, no encontro mais movimentado da semana, aliados lotaram uma casa de festas no Centro da cidade para ouvir Venissius. Com gritos e palmas, o candidato teve uma recepção calorosa e falou sobre suas ideias e projetos, além de ter chamado a atenção para a importância de participar do processo eleitoral.

— A classe política, assim como qualquer outra, tem bons e maus representantes. Mas se existem maus políticos é porque nós os elegemos e os colocamos no poder. Então eu chamo a atenção de vocês para começarmos a mudar essa história a partir desta eleição — disse Venissius.

Mulheres — Na outra dobrada apoiada pelo governo angrense, a advogada Célia Jordão, que é candidata a deputada estadual também pelo Partido Republicano Progressista (PRP), tem usado a participação feminina na política como um dos motes de campanha.

— Estamos nesta luta para fazer a diferença e com a força da mulher alcançaremos o resultado esperado. Somos a maioria do eleitorado e não podemos aceitar que apenas uma pequena parcela da Assembleia estadual seja composta pelo sexo feminino — afirmou a candidata durante a convenção que oficializou seu nome na disputa.

Esta é a primeira disputa eleitoral de Célia que antes ocupou a função de secretária de Assistência Social em Angra em três ocasiões. A mais recente no atual mandato de Fernando Jordão na prefeitura. O sobrenome vitorioso, aliás, é um de seus trunfos na campanha para a Assembleia Legislativa do Rio. Angra dos Reis não elege deputado estadual desde 2002.

Outros nomes — Esta será a eleição com o maior número de candidatos locais ao Congresso e Parlamento estadual. Além de Célia e Venissius, disputam ainda, para deputado federal, Luiz Sérgio (PT) (que concorre à reeleição), Dr. Gusmão (PSB), Lívia Oliveira (PDT) e Thiago Prates (SDD). Para deputado estadual estão inscritos ainda Rafaelle Firmino (SDD), Cleide Vilela (PMB), Batista Vidal (PRB), Dr. Christiano Alvernaz (PRB), Essiomar Gomes (PP) e Maurício da Conceição (PSB).

Rio tem 10 candidatos a governador do Estado

Nomes conhecidos do eleitorado como o do ex-governador Anthony Garotinho (PRP) e o do senador Romário (Podemos) juntam-se a outros não tão famosos como os de Márcia Tiburi (PT) e Pedro Fernandes (PDT) na lista dos 10 candidatos ao Governo do Rio.

A disputa é integrada ainda pelo ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), o deputado federal Indio da Costa (PSD) (foto), o vereador carioca Tarcísio Motta (PSOL) e os estreantes Dayse Oliveira (PSTU), Marcelo Trindade (Novo) e o juiz Wilson Witzel (PSC).

Além da campanha, o que espera os postulantes ao posto mais importante do Estado é uma transição de um governo fraco e em frangalhos sob a liderança de Luiz Pezão (MDB), uma economia altamente endividada e estagnada que ostenta o maior índice de desemprego do país. Não é tarefa fácil.

Em entrevista ao Tribuna Livre, Indio da Costa disse que a solução, se eleito, será cortar privilégios da classe política. Já Tarcísio Motta prometeu rever as isenções fiscais para aumentar a arrecadação.

Fotos: Divulgação

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